domingo, 28 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Ofensas
Meu sobrinho de 4 anos foi ao circo pela manhã e na noite do mesmo dia se irritou com as provocações do meu irmãozinho.
Olhou-me pedindo aprovação para uma reação e quando o dei ele começou:
- Seu, seu, seu... seu globo da morte!
As gargalhadas que se seguiram o seduziram para outras ofensas tão cabulosas quanto esta... Seu microondas, seu cadeado, seu garfo, etc. Xingava e ria, exultante.
Ontem a noite pensava nos xingamentos que meus alunos usam e não se diferem tanto com os da minha infância.
seu gordo baleia
seu gay
seu retardado
Porém, as vezes tomam ares sexuais muito mais criativos do que os da década de 80:
vai dar o cu na zona
sua mae da o cu no bar
Dar o cu é realmente tenebroso... depreciativo
Mas na realidade nem são ofensas. No decorrer da divagação super útil pensei em como ofenderia alguém se assim o quisesse.
Porque vamos combinar, quem nunca quis ofender um funcionário publico com má vontade, o caixa de supermercado impaciente, o garçom desinteressado, o motoboy no transito, o mecânico que acha que você acredita que o carro ta falhando porque a caixa de direção ta com folga, o dentista que jura que existem 11 caries na sua boca, etc, etc, etc
Pra mim não há ofensa maior do que a solidão. Visualize: no auge da discussão você olha e diz: seu, seu, seu sozinho!
Uma vez chamei um babaca e inconveniente de “medonho” e ele teve coragem de voltar e perguntar por que ele era medonho... Coragem!
Devaneios ...
domingo, 21 de junho de 2009
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Carnavália
Parte notória da História, as lutas políticas registradas ao longo da contemporaneidade, abalizam um meio hábil e eficaz de amenizar as exclusões capitalistas, morais, étnicas, religiosas, etc, etc, etc. Partidárias ou não, geralmente constituem apenas a ponta do iceberg lutando para aparecer diante de um mar de injustiças por vezes letais - vide o movimento dos sem terra, as manifestações contra a ditadura militar na década de 60, o movimento dos caras pintadas na década de 90, o movimento feminista, etc.
A Parada Gay, como é chamada há tempos a caminhada feita por homossexuais no mundo todo, ora em busca de direitos, ora em busca de respeito, é um ato político, indubitavelmente importante não só para as conquistas legais, como para a assunção de identidade, o reconhecimento, a projeção ou identificação de milhões de pessoas que, desde seu nascimento nunca passaram despercebidas por serem diferentes da “maioria”. Para os jovens que sempre moraram em cidades provincianas deixem de se verem como pecadores, doentes, marginais. Para as meninas entenderem que como elas existem milhões e que há vida é possível e feliz além da heterossexualidade. Para as travestis e transexuais vislumbrarem um mundo menos medico e mais humano.
Muitos dos que ali estão tem uma consciência política de sua realidade, da importância da luta, do preconceito velado e por isso participam ativamente. No entanto, assim como em qualquer outra manifestação desta natureza, pessoas despolitizadas também marcam presença, engrossando o caldo da militância muitas vezes por diversão, sem se dar conta da importância do ato.
Mas uma população que rompe com tantos paradigmas, sobretudo com papeis de gênero, não poderia fazer uma manifestação a la PT, gritando com faixas e cartazes, de jeans desbotados e camisetas vermelhas no Vale do Anhangabaú, com show do Zeca Pagodinho na abertura e Padre Marcelo Rossi de encerramento. Jamais!
A manifestação pelo orgulho gay tem todas as cores do arco-íris, o som eletrizante das boates e guetos, as perucas coloridas, peitos siliconados das travestis de fora, as gravatas das meninas, o gel na cabeça dos meninos, a baby look agarrada no corpo magrelo, a galera que põe ligeiramente a cabeça fora do armário, outros que saíram há tempos. Enfim, muito glamour.
Uma festa pelo orgulho gay tem que romper não só com a heteronormatividade, mas com o moralismo, a caretice, a chatice que se tornou política no nosso país, a briga desta sopa de letrinhas saltitantes (LGBT, GLBT, GLBTT, GLTTB ???).
Como todo evento de grande porte, necessita de um aparato estatal e de organização para que se evitem excessos de algazarras e vandalismos. Necessita de proteção intensa para evitar ações de nazistas e papa hóstias funestos pecadores, mal amados e mal resolvidos.
Falar que a parada é um Carnaval não é uma ofensa á caminhada. È um lindo carnaval, alegre, colorido e orgulhoso de si.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Que ninguem da roda decifra!
Perpétuo = que dura para sempre, até o fim da vida
segunda-feira, 1 de junho de 2009
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