quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O gosto das pequenas distâncias


TPM me deixou irritada o suficiente pra evitar falar pra não causar feridas letais.
Não há relação que resista às distâncias ainda que elas sejam ponderadas. Físicas ou não, as distâncias corroem a estrutura dos relacionamentos. E não me restrinjo aos relacionamentos afeto-sexuais. Tenho amigos que se formaram comigo e tinha certeza que não seria possível viver sem eles, sem contato, sem contratos...
Mas o tempo leva a força das relações e embora elas ainda permaneçam são transformadas em fotos que se amarelam com o tempo. As lembranças começam a vir cada vez com menos freqüência até que são necessários esforços transcendentais para avivá-la...

O mais interessante é que dificilmente conseguimos visualizar as coisas que não foram boas, agradáveis. O filtro da memória já os jogou na lixeira.

Por outro lado, quando há excesso de proximidade, a visão se turva, embaça. Tenho a impressão de que a distância é meio que um catalisador da lixeira, sabe? È ela que te diz o quão banais são as coisas corriqueiras que outrora lhe incomodavam ou que lhe possibilita a vontade da reaproximação.
Porque ver qualquer ser humano de perto demais é ensurdecedor. Creio ainda, que ver a si próprio é motivo de muitos suicídios, rs.
Devaneios TPMicos...