sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Devaneios de ano novo
Seis dias em meio ao nada, sem nenhum, eu disse nenhum meio de comunicação, sob cadeiras e almofadas e, principalmente, pulando de uma perna só me deixaram um tanto quanto introspectiva e me trouxeram reflexões que infelizmente não conseguirei reproduzir por aqui.
Mas se o fim do ano e os simbolismos que o acompanham puxam-nos às reflexões vamos às minhas...
Depois de 26 anos consegui finalmente sair de casa, um rompimento bem difícil dada a ótima relação que mantenho com alguns dos meus pares. Uma tentativa de casamento frustrado me fez ver que não sou tão madura quanto pensava. Um tanto mais egoísta do que imaginava e menos flexível do que queria. Porém, bem mais gostosa do que eu acreditava.
Um ano de namoro com altos e baixos, alguns baixos quase subterrâneos, mas que me proporcionaram entendimentos outrora impossíveis. E pudera, era a hora.
A minha hora.
Crises existenciais me acompanharam e vão comigo ao tumulo, Oxalá.
"Amigos" extintos e uma amizade consolidada dentro da minha própria casa. Encontrei ainda uma mulher extraordinária com mais de 45 anos, percebi que a quero por perto por muitos e muitos anos e isso me fez chorar.
Papai Noel me castigou por ter sido uma menina má, na véspera do natal.
Lembrei do Chico... Mas vou até o fim.
Aprendi que adoro lecionar, que não quero mais militar, que não acredito mais no anarquismo, que não odeio tanto o PT, que existem bons advogados, que alguns erros continuam sendo imperdoáveis, e serão.
Cebola assada com batata é super comível.
Suco de caju voltou a ser bom.
Menos História e Filosofia e mais Literatura.
Loiras estiveram em baixa nesta temporada.
Diminui os decotes e os brincos. Ainda não entendi o por que.
Agora sou amiga da minha ex.
Me policiei o ano todo pra tentar lembrar que as pessoas erram. Mas foi demasiado dificil.
E o amor? Nos tempos do cólera? Ele caminhou... Me ensinou e aprendeu com meus erros. Me fez melhor e se fez melhor, como nunca antes.
E talvez exista algo para alem de tudo isso que eu deva tentar acreditar.
Devaneios de ano novo.
ps. Ocultarei a parte das promessas.