quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Empatia
E as resoluções tidas como tão coerentes por vezes aparentam uma fragilidade descomunal. Através do véu vê-se a instabilidade, a delicadeza e o medo. E como conciliar tamanha inconsistência com demasiada verborragia?
"Aos vinte e seis [sete] anos, já deveria ser uma beata e não passo da mais devassa de todas as mulheres... Não se pode ter uma idéia de tudo quanto imagino, de tudo quanto quisera fazer; acreditava que, me limitando às mulheres, conseguiria tranquilidade; que meus desejos, uma vez concentrados em meu sexo, não transbordariam sobre o seu. Quiméricos projetos, meu amigo, os prazeres de que desejava me privar pareceram-me ainda mais tentadores e me apercebi de que, quando se nasceu para a libertinagem, é inútil querer dominar-se: os fogosos desejos irrompem com mais força."
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Novamente
Me disse vai embora, eu não fui
Você não dá valor ao que possui
Enquanto sofre, o coração intui
Que ao mesmo tempo que magoa o tempo
O tempo flui
E assim o sangue corre em cada veia
O vento brinca com os grãos de areia
Poetas cortejando a branca luz
E ao mesmo tempo que machuca o tempo me passeia
Quem sabe o que se dá em mim?
Quem sabe o que será de nós?
O tempo que antecipa o fim
Também desata os nós
Quem sabe soletrar adeus
Sem lágrimas, nenhuma dor
Os pássaros atrás do sol
As dunas de poeira
O céu de anil no pólo sul
A dinamite no paiol
Não há limite no anormal
É que nem sempre o amor
É tão azul
A música preenche sua falta
Motivo dessa solidão sem fim
Se alinham pontos negros de nós dois
E arriscam uma fuga contra o tempo
O tempo salta
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
domingo, 7 de dezembro de 2008
Tensões
E as palavras não saem fluidas. Se embaraçam em meio à mágoas passadas.
E a tensão sexual que paira pelo ar? Mas as Madres Terezas não teriam a intenção... Ora, que cabeça mais pervertida!
O desejo fica restrito às quatro paredes do casamento. Sim, eu vi. Todas vimos.
Jamais, sou uma mulher casada!
Não desejo. Não faria. Não pensei, aliás, nem pensei.
E a puta sou eu.
Eu que nem queria. Que nem quis. Não ontem.
Noites mal dormidas.
Boa noite, tristeza!
sábado, 6 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Machadeando...
"(...)Avalias facilmente como fiquei depois de ler esta carta. Era um castelo que se desmoronava. Em troca do meu amor, do meu primeiro amor, recebia deste modo a ingratidão e o desprezo. Era justo: aquele amor culpado não podia ter bom fim; eu fui castigada pelas conseqüências mesmo do meu crime.
Mas, perguntava eu, como é que este homem, que parecia amar-me tanto, recusou aquela de cuja honestidade podia estar certo, visto que pôde opor uma resistência aos desejos de seu coração? Isto me pareceu um mistério. Hoje vejo que não era; Emílio era um sedutor vulgar e só se diferençava dos outros em ter um pouco mais de habilidade que eles.(...)"
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Mulher e drogas
Mulheres: substancias que alteram seu estado de consciencia.
Embora seja a definição de alguns grupos sobre drogas, parece que lhes caem muito bem.
Ora, defina inconsciencia... E não é que é?
Meta fixa + meios encantadoramente sórdidos + inconsciencia alheia = insanidade.
E o insano tira o fôlego, deixa zonza, ofegante. Sobe o sangue. Desce o desejo. Insana, insanas.
E depois "volver a la realidad" !
Então a fome, o marasmo.
A abstinência leva à ligação que leva à mediação do contato. E a recaída? Sempre ardente e deliciosa.
Insana!
Antiplano
A falta de perspectivas te fode de um tanto que só assim...
E o que é injustiça? No discurso acadêmico ela ganha contornos polidos e por que não, pálidos. E compactar as instâncias oculta zilhares de alternâncias desta, perdendo assim o foco de uma multiplicidade de desigualdades...
Pensar para além do discurso acadêmico que representa um micro pedaço do todo social, a menor ponta do iceberg. A exceção da exceção.
Minha instancia é velada, negada, minimizada.
Bom dia, tristeza!
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