quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Convulsão!
Isso de mim que anseia desepedida
(Para perpetuar o que está sendo)
Não tem nome de amor. Nem é celeste
Ou terreno. Isso de mim é marulhoso
E tenro. Dançarino também. Isso de mim
É novo: Como quem come o que nada contém.
A impossível oquidão de um ovo.
Como se um tigre
Reversivo,
Veemente de seu avesso
Cantasse mansamente.
Não tem nome de amor. Nem se parece a mim.
Como pode ser isto? Ser tenro, marulhoso
Dançarino e novo, ter nome de ninguém
E preferir ausência e desconforto
Para guardar no eterno o coração do outro.
Inspiração, por Antenore...
- Olha só... O senhor está vendo aquilo ali? No extremo sul da minha perna? Essa coisa que parece ser de carne e que se move para cima e para baixo? Tá vendo? Isso que estou mostrando com o dedo? Tá vendo agora?
- Ah, sim! Agora estou vendo... E me parece extremamente... curioso...
- Não é mesmo? Pois então: é um pé. Para ser mais precisa... o meu pé...
- Fantástico!
- Sim! E o senhor está vendo esses pequenos apêndices que saem dele? Somam cinco e se chamam dedos. O senhor sabia que eu consigo movê-los quando e da forma que eu quero? Tem um mais grosso. Eles estão em ordem decrescente de tamanho até chegar ao menorzinho...
- A senhora é fascinante! Nunca pensei que um dia poderia ter entre minhas mãos um pé de verdade! A senhora, uma criatura deliciosa, acaba de revelar para mim um universo novo de sensações... E olha que sou um homem maduro, que achava que já tinha visto tudo...
- Seja paciente, professor. Quem sabe eu possa lhe mostrar outras maravilhas...
Assinar:
Postagens (Atom)