Causas

É dito que índios são selvagens
Que seja
O selvagem me humaniza!

Desapego

Todo mundo quer saber com quem você se deita

NADA pode prosperar

Que excede as medidas; excessivo, desmesurado, enorme: coragem desmedida.

Esse imenso, desmedido amor

Vai além de seja o que for

Vai além de onde eu vou

Do que sou, minha dor

Ela

Águas. Onde só os tigres mitigam a sua sede.

Também eu em ti, feroz, encantoada

Atravessei as cercaduras raras

E me fiz máscara, mulher e conjetura.

Águas que não bebi. Crepusculares. Cavas.

Códigos que decifrei e onde me vi mil vezes

Inconexa, parca. Ah, toma-me de novo

Antiquíssima, nova. Como se fosses o tigre

A beber daquelas águas.

4h31

Eu jamais ouviria. Atento
Meu ouvido escutaria
O sumo do teu canto. Que não venhas, Dionísio.
Porque é melhor sonhar tua rudeza
E sorver reconquista a cada noite
Pensando: amanhã sim, virá.
E o tempo de amanhã será riqueza:
A cada noite, eu Ariana, preparando
Aroma e corpo. E o verso a cada noite
Se fazendo de tua sábia ausência.

H.H.

Livre, leve

E o desejo rápido
desse mais antigo instante,
mais leve.

e solta???

E a fuga invisível
do amargo passante,
mais leve.

E agora, uma campanha internacional

Abaixo ao besteirol e à filosofia do óbvio! Pela obrigatoriedade da escrita de livros de auto-ajuda unica e EXCLUSIVAMENTE em braile.